POEMAS

"O amor quando é amor não definha
E até o final das eras há de aumentar
Mas se o que eu digo for erro
E o meu engano for provado
Então eu nunca terei escrito
Ou nunca ninguém terá amado!"
(William Shakespeare)



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sexta-feira, 1 de abril de 2011

O sorriso de José de Alencar

Alencar Entre os merecidos elogios ao ex-Vice Presidente da República, José Alencar, cujo falecimento continua sendo tão pranteado, não se esquecerá nunca o sorriso que lhe caracterizou as fotos dos últimos sofridos anos de vida. Expressão natural de alguém que sempre esteve bem com a vida, por força de uma inabalável crença em Deus. Entre as manifestações mais significativas do ser humano está o sorriso, enquanto representação da harmonia global deste microcosmos. O animal irracional não ri. O anjo também não, porque seu conhecimento é intuitivo e não racional. Apenas o homem é capaz de contrair músculos faciais em conseqüência de uma impressão alegre consciente, dado que ele raciocina e é capaz de tirar conclusões sobre tudo que está em seu derredor. O sorriso flui, assim, da própria natureza humana. O homem é então um animal racional que ri. Entretanto, esta expressão para ser agradável deve ser espontânea. Tomás de Aquino define o belo como aquilo que agrada à vista, portanto tem como ponto inicial a vivência da beleza interior. Os autênticos filósofos assinalam como o fundamento desta vivência o resplendor de uma consciência em paz, irradiando imperturbabilidade, total auto-domínio. Donde se conclui, de fato, quer no homem e na mulher o riso só agrada se for a natural manifestação da limpidez de sua consciência. Assim sendo, é de vital importância a análise do sorriso humano. A Mona Lisa de Leonardo da Vinci só pôde ser representada com aquele sorriso enigmático, lábios fechados. Não foi registrado pelo célebre artista um sorriso descontraído daquela pessoa que ele quis retratar. Um sorriso como o do notável brasileiro José de Alencar deixará, porém, uma lembrança perene, porque foi a manifestação de sua bondade sem enigmas, sem ambigüidades. Belíssima lição, pois um tal sorriso comunica coragem, ânimo para os embates da vida. Nada como poder contemplar a grandeza de um notável cidadão como José Alencar através de seu otimismo bem acima de qualquer desespero, expresso num sorriso que lhe foi uma estrela no entardecer de sua existência. Melhor não poderia ele expressar o seu amor à vida do que deixando, deste modo, uma mensagem de coragem num sonho que não termina nunca, porque ele vislumbrava os esplendores de uma eternidade feliz junto de Deus. Por isto bem se compreende porque se diz que este sorriso não custa nada, mas tem um grande valor, pois enriquece sem tornar menos rico quem o transmite. É uma terapia que semeia ventura em plena tempestade do sofrimento, pois faz partilhar um pouco da felicidade interior que vale mais do que toda riqueza terrena. Segundo Saint Exepéry, o sorriso é o essencial melhor do que qualquer dádiva. Eis o que se ficou devendo ao ínclito cidadão José Alencar, que legou a um mundo, no qual campeia a baixa estima, infectado pela depressão, uma lição de uma atitude ativa e confiante, longe do descompromisso consigo mesmo. Fonte: Catolicanet

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